sexta-feira, 16 de maio de 2008

Linguagem Digital


Os computadores invadiram nossas vidas. Atualmente, as crianças estão tão seduzidas com este recurso tecnológico que gera uma preocupação, envolvendo pais e educadores. Como estão se formando as relações interpessoais? Será que os games podem substituir as relações humanas? Até que ponto o uso do computador é interativo? A tecnologia já faz parte do contexto de crianças, jovens e adolescentes. Sendo assim, os professores precisam se sentir seguros para utilizar os recursos sem medo de falhar. O papel do educador é dar um sentido ao uso da tecnologia, produzir conhecimento com base nas possibilidades de enriquecer os conteúdos e torná-lo prazeroso. A formação da criança depende de aspectos diferentes, ou seja, ela precisa desenvolver várias competências e habilidades. O excesso é prejudicial, entretanto é necessário que pais e educadores estejam atentos a esta questão, pois a mediação de ambos é fator preponderante para ajudar a criança a se formar integralmente. O uso do computador (e dos games) é importante para desenvolver raciocínio lógico, pensamento rápido e abstrato, estratégias, coordenação motora, trabalha com os sentidos (visão, audição e tato), porém sozinho não contribui para a formação biopsicossocial da criança, é necessário que ela pule, corra, escale, salte, além de socializar idéias, interagir com os colegas estabelecendo relações de afeto e respeito mútuo. Contudo, o aprendizado da criança só será efetivo e significativo se envolver as múltiplas linguagens.


Ellen Lemes e Laís Cerqueira - universitárias

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tempo, espaço, conteúdo pedagógicos e interação


Professores e alunos estão subordinados a instâncias superiores que determinam o tempo, o espaço e, consequentemente, o conteúdo pedagógico. Por isso, o professor fica condicionado a dar conta de determinado conteúdo dentro de um prazo definido, preestabelecido pela instituição, por conseqüência, sente-se mais seguro em trabalhar com temas já sistematizados. Ou seja, a dependência temporal constrange o trabalho pedagógico, induzindo-o à homogeneização do conhecimento.
O professor, confinado em sala de aula, deverá ter o controle daquele espaço, evitando qualquer problema de ordem disciplinar que afete o bom andamento da escola. Esse confinamento não é apenas físico mas também social e cultural, pois o educador carece de um interlocutor mais preparado com quem possa dialogar reflexivamente sobre sua prática pedagógica dentro da instituição.

Partindo desse pressuposto o processo de formação do professor deve partir de uma reflexão sobre a prática na sala de aula, e não apenas de atualização teórica. A sala de aula deve ser considerada um lugar privilegiado de sistematização do conhecimento e o professor um articulador na construção do saber.

Quando imaginamos uma sala de aula em um processo interativo, estamos acreditando que todos terão possibilidade de falar, levantar suas hipóteses e nas negociações, chegar a conclusões que ajudem o aluno a se perceber parte de um processo dinâmico de construção.

Não estamos nos referindo a uma sala de aula onde cada um faz o que quer, mas onde o professor seja o articulador dos conhecimentos e todos se tornem parceiros de uma grande construção.


Idelma Porto - Docente-especialista

Alba Perfeito - Docente-doutora